domingo, 17 de julho de 2011

[Review] CD/DVD "Mortification - Live Planetarium" (1993)

http://www.metal-metropolis.com/Mortification/mortification_live_dvd.jpg

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Gravado em 1993, no Blackstump Festival, em New South Wales, na Austrália, "Live Planetarium" é o 5º lançamento do Mortification, resultando em um CD e um DVD ao vivo.
Trata-se de um dos registros mais históricos do metal cristão.

Com uma platéia empolgada, Steve Rowe (Baixo & Vocais), Michael Carlisle (Guitarra) e Jayson Sherlock (Bateria) - a formação clássica do Mortification - liderou faixas matadoras, cheios de energia e disposição.

Iniciando com "Grind Planetarium", um hino anti-estrelismo, a banda abre o show, causando furor na platéia, deixando visível que o show seria arrasador!

Logo após, "Distarnish Priest", outra faixa clássica da banda, com uma letra que complementa (de forma mais ampla) a mensagem da música anterior. O gutural de Steve está impecável no refrão!
Ambas as faixas fazem parte do álbum "Post Momentary Affliction", daquele mesmo ano.

A seguir, temos um clássico do 1º álbum da banda, "Mortification": "Brutal Warfare" (simplesmente animal!). Essa faixa simplesmente detona! Steve está muito bem em sua performance, e ao seu lado os excelentíssimos Michael e Jayson produzem toda a fúria dessa faixa, que aborda o tema da batalha espiritual.

"Scrolls of Megilloth", indispensável! Um hino tanto da banda quanto do metal cristão! Destaque para Michael Carlisle, com uma ótima aparição no palco, demonstrando simpatia e, ao mesmo, tempo características de um genuíno metaller.

"Symbiosis" é uma faixa inédita, criada para esse lançamento duplo, e que1 ano depois, integrou o track-list do CD "Blood World". Uma faixa que mistura thrash metal com riffs de heavy metal e alguma influência hardcore. Uma excelente faixa, contudo possui uma letra que até hoje não entendi direito o significado(!)

Um dos (vários) destaques desse lançamento é a homenagem feita ao Bloodgood, que encerrara suas atividades há pouco tempo (a banda retornou em 2006, mas ainda não lançou nenhum material inédito). O cover escolhido é da música "Black Snake", que ficou muito bem na versão death metal e na voz de Steve! Um verdadeiro soco no estômago de Satanás!

Além destas, ainda temos as ótimas "Time Crusaders" (do álbum "Scrolls of the Megilloth") e "Human Condition" (do "Post Momentary Affliction"). E o show termina com uma dobradinha entre "The Majestic Infiltation (God Rulz)"/"This Momentary Affliction".

É preciso destacar aqui, com honras merecidas, o ótimo entrosamento entre os 3 membros. Steve dispensa comentários, mas Michael e Jayson são verdadeiros merecedores de palmas, por suas atuações no palco e competência em seus instrumentos. Se Michael é o que mais agita a galera, Jayson mostra (mais uma vez!) porque é um dos melhores bateristas de metal!
Aliás, esse show/lançamento marcaria a saída de Jayson, que foi tocar no Paramaecium e, em seguida, fundar o Horde.

Ainda em meio ao show, temos a apresentação dos clipes "Grind Planetarium" (apresentando o novo baterista Phil Gibson) e "Scrolls of Megilloth". Uma idéia incomum, é verdade. Acho que poderiam ter incluído esses clipes nos extras, mas...Steve falou, tá falado.

Nos extras, podemos ver um pouco da intimidade e vida pessoal de Steve com seus familiares, amigos, colegas de banda e até seu cachorrinho peludo! Além disso, há alguns vídeos de shows (alguns com boa qualidade, outros não), além do clipe RARÍSSIMO de "Bathed In Blood" (do álbum "Mortification")!

Mas talvez o maior dos destaques (para nós, brasileiros), seja o opção de legendas em português, que vem como um presentaço, e ainda pode servir como arma ao utilizar esse DVD para evangelizar um amigo roqueiro.

Já o CD, apresenta 3 faixas a mais: "Destroyer Beholds" e "Inflamed" (ambas do clássico "Scrolls of the Megilloth", de 1992) e "From the Valley of Shadows" (do "Post Momentary Affliction").

Dois produtos obrigatórios na sua estante! Clássicos como esse são eternos!


NOTA: 5/5


Track-List:
  1. "Grind Planetarium" - 5:16
  2. "Distarnish Priest" - 7:50
  3. "Brutal Warfare" - 4:10
  4. "Destroyer Beholds" - 3:56 (apenas no CD)
  5. "Inflamed" - 3:32 (apenas no CD)
  6. "Scrolls of the Megilloth" - 3:29
  7. "Symbiosis" - 6:03
  8. "Time Crusader" - 5:55
  9. "Black Snake" - 2:37 (Bloodgood cover)
  10. "From the Valley of Shadows" - 8:12 (apenas no CD)
  11. "Human Condition" - 5:45
  12. "The Majestic Infiltration of Order" - 1:10
  13. "This Momentary Affliction" - 0:47
quarta-feira, 13 de julho de 2011

[Review] Mortification - Mortification (1991)

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FELIZ DIA DO ROCK!!!

Final dos anos 80. A banda de heavy metal Lightforce vinha fazendo um certo sucesso em seu país. Até que, em 1990, a banda terminou, com a saída de seu vocalista. Porém, o baixista Steve Rowe permanecia com vontade de tocar metal com uma mensagem cristã, e foi acompanhado nessa idéia pelo baterista Jayson Sherlock e pelo então guitarrista Cameron Hall. Assim, decidiram reformular totalmente a banda, mudando drasticamente o seu som para o thrash metal, com uma influência do death metal também. Ainda nesse ano, lançaram o trabalho demo Break The Curse, ainda sob o nome da Lightforce, com Steve assumindo os vocais.

Steve percebeu que a nova direção musical da banda exigia um novo nome, e então o grupo passou a se chamar Mortification. Foi então que, finalmente, em 1991, lançaram o seu 1º álbum oficial, o auto-intitulado Mortification. Michael Carlisle assumiu o posto de guitarrista com a saída de Cameron Hall, e os rumos musicais da banda mudaram mais uma vez. Muitas músicas da demo “Break The Curse” foram usadas no novo álbum, porém com uma pegada mais pesada. Steve também provou ser um excelente vocalista de death metal, mostrando um bom desempenho no álbum.

E o Blog MortiFination não poderia deixar esse dia tão especial (o Dia do Rock) passar em branco, sem citar um dos álbuns mais importantes do metal cristão. Certamente, esse álbum foi um divisor de águas, pois fincou a estaca em solo firme e fundamentou um dos sub-gêneros mais aclamados, e também mais odiados dentro do segmento cristão.

"Mortification" traz tudo aquilo que um fã de metal pesado apressia. Riffs cortantes, pedal duplo ensandecido e um vocal monstruoso. Somado a qualidade técnica, músicas excelentes que não saem da cabeça do ouvinte.

A qualidade de gravação do álbum lembra muito jóias preciosas do metal extremo em geral, como as primeiras bolachas do Megadeth, Sepultura ou Metallica, com toda aquela atmosfera clássica do old school. Thrash Metal matador de primeira!

"Until the End" não é a melhor faixa de abertura da banda. Aliás, não curto mto essa música, mas ela consegue transmitir esse sentimento que citei acima.
"Brutal Warfare" é uma das minhas músicas preferidas do Mortification e pode, sim, ser considerado um clássico do thrash metal cristão.

Nisso, posso destacar também "Bathed In Blood", que mergulha nesse misto de thrash com death metal, resultando numa faixa destruidora! E tem também "Satan's Doom", outra faixa de arrepiar até o headbanger mais anti-cristão.

"No Return" é um death rápido e agressivo, com Steve fazendo um gutural que chega a saltar as veias pra fora! E Jayson faz uma de suas melhores performances nas baquetas em "The Destroyer Beholds".

O álbum fecha com as complementares "Journey Of Reconciliation" e "The Majestic Infiltration of Order", que dispensam comentários.

Nesse Dia do Rock, fica aqui a minha dica: "Mortification". Um álbum nu e cru, que esse ano está completando 1 Década (10 anos)! Feito pra bater cabeça e cuspir na cara de Satanás! Clássico!

GOD RULZ!

NOTA: 5/5



  1. "Until the End" – 3:47
  2. "Brutal Warfare" – 3:58
  3. "Bathed In Blood" – 4:31
  4. "Satan's Doom" – 6:06
  5. "Turn" – 0:33
  6. "No Return" – 2:42
  7. "Break the Curse" – 2:44
  8. "New Awakening" – 5:04
  9. "The Destroyer Beholds" – 3:19
  10. "Journey of Reconciliation" – 4:13
  11. "The Majestic Infiltration of Order" – 1:06
sábado, 2 de julho de 2011

[Review] Mortification - Hammer of God (1999)


Esse álbum pode ser considerado uma continuação do "Triumph of Mercy" (de 1998), lançado logo após a cura milagrosa de Steve Rowe - que foi um fato marcante dentro da história do metal cristão. E, assim como seu antecessor, "Hammer of God" deixa o death metal de lado e aposta mais na mistura de Groove e Thrash Metal, com alguns toques de Classic Metal. O vocal de Steve também está mais "amenizado", nada de gutural, apenas uma voz mais rasgada.

A faixa de abertura, "Metal Crusade", deixa bem claro essa nova direção musical. Tem um bom trabalho de guitarra e é quase um 'heavy'in'rock'.

"Martyrs" já é um pouco mais puxado para o Thrash Metal Old'School, com alguns solos de guitarra que quase me lembraram Power Metal.

"Lock Up The Night" cai um pouco em ritmo, deixando mais visível o Groove Metal adotado pela banda. Riffs simples e quase sem nenhuma expressão.

"In The Woods" (escrita pelo batera Keith Bannister) retoma um pouco mais de peso, enquanto "A Pearl" incrementa alguns elementos de Doom Metal - o que até deixou a faixa bem interessante (só ficaria melhor se ela estivesse aliada ao poderoso death metal de outrora da banda).

A faixa-título, "Hammer of God", talvez seja uma das mais interessante do álbum. E "Liberal Mediocrity" tem riffs bem legais, diversificando um pouco das faixas anteriores.

"Ride The Light" já começa com uma boa pegada groove/thrash, com a guitarra de Lincoln Bowen impondo mais distorção, enquanto Steve executa algumas cavalgadas em seu baixo. A inclusão de teclado nessa faixa deu ar bem legal para a música. Talvez seja a mais legal do álbum.

Serei sincero em dizer que achei esse álbum fraco. Ele tem alguns bons momentos, mas nenhuma faixa que eu realmente destacaria como um clássico da banda. Fazendo uma comparação: achei "Bloodworld" (com seus elementos core estranhíssimos) melhor do que este "Hammer of God".


Não é um CD que eu indicaria para um fã de metal extremo conhecer o Mortification.

Este seria o último álbum de estúdio de Keith Bannister, que logo após gravar mais 2 EP's ao vivo, deixaria as baquetas, tendo seu posto assumido pelo adolescente Adam Zaffarese.

NOTA 2,8/5